Abstrato?

Eu tenho um caderno onde escrevo coisas que ninguém lerá. Eu tenho uma caixa cheia de cartas e lembranças de amigos. Meu quarto é cheio de fotos. Mas e daí? Tudo isso porque de alguma maneira eu tento fazer o que não posso explicar ou tocar tornar-se concreto, palpável. Aos nove anos de idade na aula de português aprendi que que sentimentos (felicidade, tristeza, alegria, amor, ódio) são substantivos abstratos. Isso me irritou, porque enquanto a professora explicava que não podíamos vê-los ou tocá-los, eu podia dizer as cores e até o cheiro de cada um. E desde então eu faço isso: escrevo, guardo momentos para provar que não são abstratos, mesmo minha professora dizendo que são.

1 comentários:

Anônimo disse...

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